domingo, 13 de março de 2016

Registro diário,


Bom dia, pessoas abençoadas por estarem lendo isso, alguns dias da semana irei publicar algumas de minhas histórias que tenho que inventar diariamente, para a aula de português, se der certo publico mais, os registros diários são os resumos, do que aconteceu na aula de português, com uma pitada de ficção espero que gostem:



11/3

O dia começou com qualquer outro, o céu estava azul os passarinhos cantavam, ou melhor, tentavam cantar, no meio de uma cidade cheia de barulho e poluição, fico aqui pensando no futuro, quando abrirei a maior indústria e a mais evoluída Leticia's, que vai agir por causa da poluição futurística vai ser tanta que a camada atmosférica terrestre vai cada vez tendo mais furos, e como poucos sabem o brilho da Lua resulta do reflexo dos rios solares na Terra, por isso vou inventar um protetor contra raios lunares, e também sobre a poluição que vai crescer tanto nesses próximos quinze anos, que vai reagir de uma forma tão negativa no ar que o ar não vai parecer mais ar, vai parecer uma camada grossa de ar quase irrespirável, que vamos precisar também de meus mais nova linha de condicionadores de sobrancelha.

            Suas cabeças devem estar pensando o que isso tem haver com aula de português? Muito simples tudo começou na aula de português, na sexta-feira, todos estavam aparentemente calmos, eu disse aparentemente, por dentro eu sei que estavam em um nível surpreendentemente absurdamente tenso, a prova seria no dia seguinte, acordar cedo, dormir cedo como todos os dias pelo resto de nossas vidas até a faculdade, não parecia um dia especial, mas foi ai que eu me enganei.

             A professora chegou à sala, com um olhar meio cansado, ele não expressou isso na hora, mais deu para perceber só no jeito que ela entrou na sala, tudo porque teria de corrigir muitas e muitas provas, imagina só de fazer uma já morro de exaustão, fazer todas as provas de uma classe daria mais ou menos 32, de cinco turmas 160, eu demoraria toda a eternidade para fazer isso, coitadinha da Fernanda.

            Ela entrou, lemos os registros diários respondemos algumas dúvidas da PT (PROVA TRIMESTRAL), E íamos começar a corrigir o exercício sobre verbos, abri o caderno e me deparei com um pequeno papel, que nem precisava me esforçar para saber que aquilo não era meu. Eu o abri com delicadeza, poderia ser qualquer coisa, eu sou aquela pessoa que tenta ver todas as possibilidades possíveis para uma mesma questão, eu poderia libertar uma ira egípcia de mais de um bilhão de anos ( eu sei que os egípcios só existem, pelo que me lembro bem a uns cinco mil anos, mas quem sabe? ), não era nada disso, pensei, eu estava viajando na salada de maionese. Decidi abri-lo de uma vez, estava escrito em uma letra quase indescritível de uma forma tão mal feita, que deve ser mais difícil do que decifrar profecias antigas, comecei a ler:

 

Você precisa me ajudar

Você precisa me salvar

 

O mundo vai ser dominado

Se não tudo estará acabado

 

Com sua ajuda posso me libertar

Assim o meu destino assinar

 

Pelas mãos do inimigo

Minha vida está em perigo

 

Você deve me encontrar

Nem no cêu, nem no mar

 

Nem na terra, nem no ar

Mas posso lhe garantir que é algum lugar

 

Para me encontrar

É só seguir o vento, sem parar

 

 

Pode até voar

Só basta imaginar

 

A minha vida está em jogo

 

Assinado:

Seu amigo esquecido

 

          Quando terminei pensei, deve ser pegadinha, quem será que escreveu? Perguntas que nunca serão respondidas, olhei para os lados tentando identificar algum suspeito, mas ninguém parecia estar envolvido. Recostei minha cabeça na parede. Ouvi uma voz em minha cabeça, onde alguém sussurrou: velha até aqui, venha até mim. Percebi que não era coisa da minha cabeça, alguém estava lá fora da classe falando, que com esforço pude ouvir com o ouvido na parede.

           Pedi para me retirar, com a mesma e velha desculpa de sempre, posso ir ao banheiro? Consegui sair, olhei em volta, e lá tinha uma menina, que aparentava ter um pouco mais idade que eu, um ou dois anos mais velha, sua pele era mais clara que a luz do Sol, mas não uma luz ofuscante, mais uma luz boa, de esperança e revelação, quando me viu deu um sorriso e foi correndo até mim, dizendo:

           - A quanto tempo!

           - Desculpe perguntar, mas quem é você? - perguntei.

           - Eu não deveria ter esperança de que você se lembrasse de mim, depois de todos esses séculos... - murmurou -... Mas isso não importa agora, pois você está viva.

           Eu fiz uma cara de ponto de interrogação.

           - Onde estava eu com a cabeça deixa eu me apresentar Alya, guardião real da trigésima sexta corte dos três guardiões.

           Continuei com minha cara de ponto de interrogação.

           - Os guardiões são três espíritos destinados a promover a harmonia e a paz entre tudo e todos. A cada cem mil anos disquisterianos, três novos guerreiros são escolhidos, nós fazemos parte da trigésima sexta geração de guerreiros.

           - Mas não eram três guerreiros? - perguntei, fingindo acreditar naquela loucura.

           - Sim o último é o Adrien, ele foi seqüestrado pelo lado negro as forças do nosso maior inimigo Mal.

           - Quem comanda as forças do mal?

           - Eu acabei de falar, o comandante Mal  é nosso pior inimigo.

           - Saquei. Mas me esclareça uma coisa o que eu tenho haver com isso tudo?

           - A alguns milênios atrás, novos guardiões foram escolhidos, os três melhores amigos eu, o Adrien e você Olímpia...

          - Já me chamaram de Sophia e até de Helena, mas nunca de Olímpia, você por acaso está me confundindo com alguém? - Interrompi.

          - Deixe-me continuar a história, por favor.

          - Deixo. - respondi.

          - Os três melhores amigos da face de Pangeia...

          - Pangeia? - interrompi de novo. - Desculpo-me.

          - Voltando, Pangeia era um planeta lindo e cheio de vida. A sua fonte de poder era o próprio povo, só tinha um problema se o equilíbrio se desarmonizasse isso causaria uma explosão tão forte que destruiria todo o universo. E a cerimônia de escolha de um novo guardião finalmente chegou, todos estavam animados, para que sejam eles os escolhidos, mas como disse anteriormente fomos nós os escolhidos, os mais famosos mundialmente, por destruição de propriedade e incêndio de civilizações inteiras, nós éramos um tanto atrapalhados, nós não aprontávamos, apenas uma pequena quantia de má sorte, como dizem aqui na Terra. Aprendemos a controlar a magia e a nos conectar com o universo, para que a harmonia prevaleça, e assim prosseguiu por mais de umas centenas de anos, isso é um tanto traumatizante, todos de nosso planeta tem até uma expectativa de vida menor do que a dos habitantes da Terra, ver toda a nossa família morrerem diante de nossos olhos e muito tristes... Depois de inúmeras aventuras, chegou à hora de uma parte decisiva, onde você sacrificou sua vida em troca da salvação da minha e da Adrien, suas ultimas palavras foram: Eu vou voltar. Eu esperei por muito tempo até poder revela novamente, mas isso seria apenas daqui a alguns anos... Em uma das aventuras minhas e do Adrien, ele acabou se perdendo, e só tem como pista esse bilhete que eu te enviei e a seguinte frase: “para me encontrar, vocês precisam achar o sangue dos gigantes, e perguntá-lo onde estou”. - terminou a frase como se fosse à coisa mais difícil do mundo. E em seguida respondi com entusiasmos:

          - Mas está muito simples, qual é a dificuldade?

          - Você já descobriu? - exclamou Alya.

          - Muito simples, segundo a religião greco-romana, após a batalha dos deuses com os gigantes, eles usaram os corpos dos gigantes, após a vitória dos deuses, lógico, para que moldassem todo um planeta, com seus cabelos fizeram as folhas das árvores, com seu sangue fizeram os oceanos, rios e lagos e etc... Então é só irmos até um bebedor e perguntar por ele. - respondi, eu acho que foi meio óbvio.

          - Sabia que você não ia me decepcionar.

          - Alguma vez, você já duvidou de mim? - perguntei.

          - Muitas vezes. Onde podemos achar esse tal de bebedor?

          - Logo em frente. Vamos não temos tempo a perder.

          Corremos até o bebedor e eu perguntei, "me mostre onde se localiza Adrien". E a água logo nós mostrou o reflexo dele esboçado dentro de um enorme machado.

          - Este é o machado do Mal. - falou.

          - Que droga, eu nunca sei se você se refere ao substantivo simples, primitivo, comum, abstrato, ou se refere ao substantivo simples, primitivo, próprio, concreto.

          - O que isso significa? - perguntou.

          - Isso significa que eu estudei português demais ontem. Voltando onde podemos achar esse tal de Mal?

          - Bem atrás de vocês.

           Um sujeito apareceu atrás de nós, e começou a atirar raios, que depois de alguns erros pude perceber que transformavam as coisas em pedra. E assim fiz a coisa mais obvia do mundo peguei um espelho que estava na minha bolsa e o coloquei no caminho dos raios e atirou no nele, Mal provou de seu próprio veneno. E disse vitoriosa:

           - Posso te dizer uma coisa Mal. O Mal é só a inação das pessoas boas. – falei.

           - Essa é a Olímpia que eu conheço. - exclamou.

          Pelo que parece eu apenas estava dormindo de olhos abertos em direção a tela da lousa sem mais nem menos. Mas eu não sabia que isso era apenas o começo de uma aventura, só depois de alguns anos pude me reencontrar e refazer as amizades com os meus velhos amigos.