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domingo, 20 de março de 2016

18\03


Vou contar agora como aconteceu à dominação do mundo (isso foi em um mundo devaneado por mim, onde não há professores):

A escola tinha aberto seus portões da sabedoria para que eu possa usufruir de seu conhecimento. Entrei na sala, coloquei meu material sobre a mesa, abri meus livros e comecei a estudar, em minha opinião não deveríamos ter escola, eu poderia estudar em meu quarto vendo minha serie preferida com um saquinho de pipoca na mão.

Mas não, temos que ir a escola, por causa desse “alguém” que transfere sua aura de conhecimento sobre nossas mentes, e papo furado, papo furado, papo furado, isso é só conversa afiada para pagarem a mensalidade da escola, meus pais me disseram que tem um em cada escola, alguém tão dedicado e confiante que só o simples gesto de pensar já faz derramar o seu conhecimento.

Meus pais dizem que é verdade, e que se eu não acredito procure eu mesmo as respostas. Hoje eu estava determinada e confiante de que iria achar essa aura misteriosa na hora do recreio, eu teria que organizar meu tempo como o recreio só dura dez minutos não tinha muito tempo.

Na lousa estava escrito o roteiro da aula de português de hoje, que foi: A correção dos exercícios sobre verbos, eu iria girar a roleta para quem seria sorteado, eba que emoção, só pra esclarecer, eu estou sendo sarcástica.

Fui com cara de quem comeu laranja estragada, duas pessoas leram os registros diários. Fizemos a correção dos exercícios que foi projetada na lousa, fizemos a correção e caímos de cara nos livros e assim foi até a hora do recreio.

E com a carteirinha no pescoço, dei a volta no andar, olhei por ai e nada, merrecas. Não encontrei nada, nem se for um grão.

Recostei-me na parede e abri uma porta secreta, mas que clichê, nunca em nenhuma circunstância as pessoas tem o objetivo naquele momento de achar uma passagem secreta, é sempre um acidente.

Deparei-me com um corredor escuro, andei, andei, andei  até me deparar com uma figura humanóide que emanava a luz de sua sabedoria. Flutuando sobre um amontoado de travesseiro, e fiz a coisa mais obvia que eu devia fazer, eu gritei:

- Eu já sabia! É tudo uma pegadinha, podem mostrar as câmeras escondidas... – nada se movia – Se não é uma pegadinha a lenda é real?

- Claro que sim Letícia. – disse o ser de luz.

- Como sabe meu nome? Você por acaso sabe ler mentes? Isso seria tão legal, quero saber se minha irmã trapaceou no jogo de ontem ou não e...

- Está escrito na sua carteirinha. – interrompeu.

- Faz sentido. – respondi sem graça.

- Então ser de luz...

- Professor. – interrompeu novamente.

- Prof.. Prosso... O que?

- Deixa pra lá, esse é um nome proibido mesmo. Eu quero saber se,... Sabe como é não é... Se você poderia assumir meu lugar, já que é a primeira pessoa a achar meu esconderijo. Eu já estou velha demais.

- Que chato ninguém nunca achou esse esconderijo?

- É que desde 1953 não tiraram a placa de tinta fresca da parede...

- Espera ai – interrompi – A tinta estava fresca? Olhei para traz da minha blusa.

- Infelizmente sim.

- Minha roupa sujou inteira.

- Então você pode.

- Posso. – respondi.

- Então eu lha passo meu lugar.

Luz ofuscante, estrelinhas de desenho animado, defeitos especiais, tipo quando a pessoa da um tapa na outra e ela só movimenta depois de se passados cinco segundos.

Senti a sabedoria pulsando em minhas veias, as teorias de Einstein no meu cérebro, eu queria dominar o mundo, por que não?

Eu seria uma rainha incrível imagina o mundo todo se curvando aos meus pés, eles seriam mais livres naquele momento do que já foram em suas vidas, por que se pensarmos bem nós somos praticamente escravos de nosso próprio destino. Se você quiser ter uma casa, tem que trabalhar. Para trabalhar estudar. É um ciclo vicioso sem inicio nem fim.

E foi assim meus amigos que aconteceu o domino do mundo.

Fim,

 

quinta-feira, 17 de março de 2016


17/3

                Qual é a importância de ler um enunciado? E essa a questão que vou tratar hoje. Em primeiro lugar: O que é um enunciado? Muitos dizem que uma orientação, outros dizem que é um enfeito no papel, e outros que é para não deixar a avaliação em branco e mostrar a importância que o professor teve em fazer esse tipo de exercício.

                Para mim o enunciado é um “contrato”. A partir do momento que você coloca seu nome naquela prova, exercício, avaliação, ou o que seja, passa a ser um documento para ver o seu desempenho acadêmico e mental.

Vou explicar isso através de uma história devaneada por mim na aula de português.

                Tudo começou obviamente na aula de português, o termino do recreio foi o inicio do começo da aula, começamos com a leitura dos registros diários e em seguida os vistos dados pela professora Fernanda.

                Fizemos a iniciação da correção dos exercícios do caderno dos verbos no imperativo, ou melhor, a classe começou, como disse eu estava em devaneio.

                A história se passa em um planeta igual ao meu, com um país igual ao meu, e com uma escola igual a minha, não, não era a minha escola, até pode ser milimetricamente igual, mas não é a minha escola, pois não pode ser a minha escola se eu não estudo nela na história, e nem a professora de português é a mesma.

                A protagonista estava sentada na cadeira esperando eu a prova chegue até suas mãos. A professora havia se encarregado de entregar a avaliação uma a uma com uma cara tediosa e um sorriso amargo de quem comeu e não gostou seus cabelos parecendo vários fiapos brancos colocados em uma enorme e enrugara cabeça, sua aparência era de uma pessoa doente, com sua dentadura amarela rangendo os dentes a cada segundo que se passava.

                Era uma bruxa não dava para duvidar, mas nada tinha para provar isso.

                Com um tapa na carteira entregava as avaliações para que a prova começasse. Quando a avaliação chegou a nossa protagonista o pânico escorreu em forma de suor pelos seus vatos cabelos castanhos, seus olhos verdes analisaram a prova como os olhos de um falcão em busca de comida.

                Só depois que todas as questões foram feitas e refeitas em sua mente, pegou em seu cabelo uma caneta que prendia em seu coque, e só depois começou a escrever, seus movimentos eram ágeis e precisos. Parecendo uma impressora, imprimindo letras legíveis e majestosas.

                 Naquele momento não há de perceber, mas não tinha colocado o nome na. Dentre de muitas provas, a professora não viu o que a aluna deixara de fazer. Depois de todos terem entregado, saiu com seu mal olhar e seu jeito desajeitado de andar. No dia seguinte a professora andou desajeitadamente até a sala.

                E um a um foi dando suas notas, eu tinha tirado Dez de Dez, felicidade total, eu sei eu sou de mais. Perguntei a algumas pessoas o quanto elas tiraram, e não foi o resultado mais esperado, a todos que perguntava a resposta era zero, zero e zero, alguns até chegaram a responder circulo.

                Pois só depois de muito analisar, viram que o cabeçalho era uma simples pegadinha, que antes do lugar dôo nome estava escrito, quem colocar o nome tira zero.

                Moral da história um: Leia o enunciado com atenção, ou seja uma pessoa super distraída.

                Moral da história dois: Nunca aceite uma prova de uma professora enrugada, depois de receber a prova nossa protagonista ficou doente por um mês, por intoxicação de falta de higiene por parte da professora.  

quarta-feira, 16 de março de 2016

 

            16/3


            Que dia maravilhoso, o céu não estava nublado, as flores floresciam e eu estava morrendo de sono, esgotada, já era, cheguei aos limites, eu tinha certeza de que se eu ficasse lá por mais alguns minutos iria desmaiar.

O jogo da educação física estava prestes a acabar, quando com o último gol do marcado pelo meu time iniciou o termino do jogo. Ganhamos! Bom pelo menos eu acho que ganhamos, eu não tinha entendido nada daquele jogo, que agora até não me recordo o nome.

Fui subir até a classe, quando cheguei à porta da sala, me veio à cabeça a lembrança de que eu não havia subido com a minha mala, então tive que descer até o P, e subir até o terceiro novamente, estava mais exausta do que antes agora.

Quando cheguei à minha carteira, minhas pernas se desequilibraram e eu sentei de um jeito torto na cadeira, parecendo imobilizada, depois de alguns minutos consegui recuperar um por cento de minha energia, me ajeitei corretamente e peguei o meu material de português. Hoje a aula era de dobradinha, então tinha bastante tempo para tirar aquela cara de zumbi do rosto.

A professora iniciou a aula com a leitura dos registros diários. E em seguida projetou o seguinte título na lousa: Verbos no imperativo. Na minha cabeça tenho certeza que ocorreu o Big Bang ao contrário, o meu universo e tudo que havia nele haviam se desmoronado, ou melhor, parado de existir.

Eu não tinha entendido direito nem os verbos no indicativo e subjuntivo, aquilo simplesmente não entrava no cérebro, só passava como simples palavras ditas por um desconhecido.

Então começamos a copiar. Aprendi que eles expressão um pedido, conselho ou ordem.

Vamos ver o que estava acontecendo dentro de minha cabeça durante o registro:

Agora ficou mais fácil, minha vida se baseia nessas três palavras, para mim uma ordem e simplesmente um conselho, não precisa que seja realizado. Um pedido para mim é uma ordem, cada misera coisa que alguém me pede, dentro do razoável, é concretizado por mim. E por fim para mim um conselho é um pedido, por que se a pessoa não quisesse que você seguisse o conselho, você não acha que ela não aconselharia?

Voltando, os verbos no indicativo baseiam – se nas formas do presente do indicativo e no subjuntivo.

Itens essenciais que você precisa saber sobre esses verbos:  

Não há primeira pessoa.

O imperativo não apresenta tempo, apenas é dividido em afirmativa e negativa.

            Sem isso meu amigo, suas chances de passar do sétimo para o oitavo ano caíram de cem a zero.

            Depois desse registro, tivemos exercícios a respeito. Eu os terminei na velocidade de um raio, e comecei a entrar em devaneio:

            Imaginei – me daqui a alguns longos a exaustivos anos, nesse mesmo mês, dia e horário, na aula de português, o que será que iria acontecer? Só minha cabeça iria decidir o meu futuro.

            Estava sentada na última carteira, com um papel e uma caneta na mão, tão energética que isso resultou em um dano na minha cachola. A professora de origens desconhecidas começou a falar:

            - Bom... Queridos alunos, esse papel em suas mãos está exclusivamente adequado para que durante essas duas aulas elaborem uma história, que tenha alguma coisa haver, ou que se passe em uma escola de magia. O texto mais bem apresentado será ensaiado por todo o nosso ano para que participemos do concurso do jovem diretor.

            Toda a classe começou a murmurar com pouco entusiasmo. Essa foi à energia de animo que eu precisava, minha criatividade começava a transbordar se eu não a usasse diariamente, então sem pensar gritei:

            - Yeah! Eba! – percebi que todos estavam olhando para mim, o que não era bom, diminuindo cada vez mais o tom da minha voz comecei a tentar me livrar daquela situação. – Não? A deixa... É... Então... A deixa pra lá... – até minha voz se perder no meio de minha boca.

            - Agradeço seu entusiasmo e sua preocupação em tornar isso sua coisa divertida, mas eu tenho uma maneira mais pratica de fazer isso. Alunos, se vocês fizerem a história vencedora irá ganhar créditos na faculdade!

            Ouvi vários alunos se movimentando e começando a escrever o mais rápido possível. Será que eu ia escrever a história vencedora? Eu tenho certeza que a Isadora, a Juliana, a Sophia, a Julia, ou até a Ana fariam um texto mais apropriado que o meu. Mas a onde elas estavam?

Bem a tia da Julia por parte de mãe sofreu uma perda terrível, a tartaruga de estimação dela morreu ontem depois de ultrapassar o limite de velocidade em uma ciclo – faixa e morrer atropelada, e não sei com isso é possível, mas pelo que me contaram tem alguma coisa haver com palhaços e espátulas, não sei o que isso tem de sentido. A Julia foi forçada a ficar em casa e ajudar consolar a tia.

A Ana estava jogando boliche escorregou na pista e rompeu o ligamento do joelho.

A Isadora ingeriu uma quantidade excessiva de gel de cabelo, tudo culpa de uma pegadinha feita pelo irmão dela.

A minha melhor amiga Sophia ficou junto da Isa no hospital, eu iria também, mas sabe como é que é eu só fiquei sabendo disso hoje de manhã a internet da minha casa caiu ontem e meu celular não pegava, eu até tentei protestar a sair do colégio, até tentei ligar para meus advogados, mas o que eu ganhei? Uma advertência, isso que dá tentar fazer o bem.

A Juliana... Bem ela ficou em casa com sarampo.

Bem o dia hoje não foi muito feliz, mas fazer o que dessa vida. Eu juro que iria ajudar a todos, eu não ajudei a Julia por que seria uma chatice, e meu celular não estava funcionado, não ajudei a Ana por que meu celular não estava funcionando. Não ajudei a Juliana por que meu celular não estava funcionando. Não ajudei a Isadora, por que não tenho advogados.

Coloquei a caneta na boca e comecei a pensar, eu entrei em um ciclo vicioso, pois estava em devaneio dentro de um devaneio e comecei a devanear sobre esses devaneios, nem eu estava me entendendo.

Imaginei muitas pastas arquivando meus pensamentos. Em uma sala totalmente branca, pois só meus pensamentos já tem poder suficiente para me falir, por multa de excesso de cor no pensamento. E as contas do último mês já não foram tão baratinhas.

Minhas punições tinham como tema esquecimento da memória de curto prazo, para o arquivamento das idéias mais antigas, e tropeços excessivos, pelo excesso de devaneio em uma mesma rede operacional, causando distração.

Chega de devanear sobre devaneio, preciso começar a escrever. Em quanto minhas idéias saiam como palavras na ponta do lápis, a minha cabeça projetava como um filme em um cinema. Admito não foi uma das minhas melhores histórias, mas deu para o gasto.

A cada minuto que se passava, eu pedia cada vez mais e mais folhas para a professora. Até ter em minhas mãos um livro simples feito com uma letra garranchada e muitos erros de português.

Entreguei a professora, que ao receber ficou um tanto quanto surpresa, ninguém tivera coragem de escrever tanto.

A história era basicamente isso: Em um colégio normal, tinha uma garota, que vivia sua vida normal, em sua casa normal, com seus pais normais, e seus amigos normais. Mas ela não era normal, Eco tinha idéias tão extravagantes e realistas que ao escrevê-las no papel as personagens ganhavam vida.

Vários desastres foram causados, até um grupo do GOPASM: Governo Organizado Para Assuntos Sociais Mágicos baterem em sua porta e pedirem que ela fosse para uma sociedade secreta, um tipo de colégio onde as crianças ao nascer são tão boas em fazer algo que pode até canalizar sua força vital e fazer com que se torne real.

O objetivo de manda - lá para lá era para que através dos estudos controlasse essa energia e assim não esgotasse sua força vital e sua vida seja exposta as forças do mal, que ao capturar seus espíritos ganham o seu poder, Acontecem vários conflitos, mas isso é uma história para outro dia, ou melhor, para uma época mais futura, Por que agora eu precisava acordar para corrigir os exercícios.  

terça-feira, 15 de março de 2016

 

15/3


O dia estava bem, a escola estava bem, mas eu não estava bem, iriam entregar a prova de Português, e eu tenho certeza que não foi uma nota das melhores notas. Com tudo que eu já havia passado em toda a minha vida isso foi uma minúscula fração das minhas preocupações diárias, mensais, e muito menos anuais.

            Minha vida passa tão rápido que nem um bater de assas de um beija-flor poderia acompanhar por isso a nota se torna algo um tanto irrelevante. Tenho certeza de que se eu me preocupar agora, o futuro vai se tornar cada vez mais e mais difícil para que a comunidade possa viver em harmonia. Por isso tenho de me lembrar todos os dias ao acordar, e a me deitar também que a vida é para ser vivida, se nos preocupamos com coisas tão insignificantes, que não influenciaram totalmente no futuro da humanidade, nossa vida acaba sendo controlada por ela própria como se tudo fosse algo ruim, mas eu tento ver o lado positivo (mesmo que não tenha) para que tudo e todos sejam felizes.

            Esse tipo de coisa, como a nota da prova, são coisas que são importantes, claro, com certeza. Mas se nós não dermos valor pelas nossas conquistas, mesmo que minúsculas que sejam, um certo desejo, dentro de nós que todo o dia nos dá um motivo para viver o amanhã e simplesmente desligado, por que você acha que o ser humano é o dominante da Terra? Por que ele tem um desejo, por mais maluco que seja ele vai cumpri-lo a qualquer custo. Isso se chama curiosidade.

As pessoas que não tem esse tipo de coisa dentro de si se tornam inúteis, vão ser apenas um em tantos outros, apenas um que nasceu e morreu, mas não teve a experiência de viver o agora, ou até de viver a vida.

            Já me contaram uma vez, não me lembro bem quando, nem quem, que muitos morrem com a melhor saúde do mundo, não foi envenenamento, não foi assassinato, não foi falta de comida, mas de curiosidade, sem esse desejo o amanhã se torna algo irrelevante, e assim essas pessoas não morrem fisicamente, mas emocionalmente.

 Eu não quero esse tipo de futuro para mim, nem para ninguém, por isso aqueles que choram, só por que tiraram uma nota ruim vão se desgastando por dentro, tentam procurar a grandeza em algo maior, que não seja a si próprio. Eles não olham para trás e vêem quantos feitos fez até aquele ponto, quantas conquistas realizaram até aquele ponto.

            A grandeza está dentro de você, só precisamos nos esforçar e viver, o que será que o destino colocou em nosso caminho hoje, não é para desistirmos e só para testar o nosso potencial e desempenho como gente.

            Todo esse texto foi para mostrar que eu não tirei uma nota tão boa como esperado.

            Melhor começar a história se não já vai ter a próxima aula de português e eu ainda não terminei o registro.

            A professora entrou na sala, o barulho era tanto que eu nem consegui a verela entrando, mas que gente que eu fui parar este ano, pelo menos foi melhor que no ano passado. A vida na turma 7.5 não era o paraíso, mas também não era o inferno, a sala era praticamente dividida em meninos e meninas, e cada um desses grupos é dividido em outros grupos, tento como conseqüência uma espécie de harmonia de um jeito bizarro, alguns grupos tinham um jeito específico de comunicação, mas não se misturavam totalmente.

            Eu estou enrolando demais nesse papo, PROCEGUI AI PRODUÇÃO!

            A professora entrou. Como já disse antes, fez a correção da PM, que a cada questão eu pensava mais e mais que não iria conseguir nem passar da média, em algumas questões até comecei a comemorara, pois podia ter a mínima chance de tirar a nota máxima.

            Eu não quero ser fofoqueira, então vou falar que não foi à nota mais feliz do mundo, mais não foi a mais decepcionante. Fiquei um tanto feliz, minhas amigas tiraram uma nota bem parecida, eu não tinha tido um esforço menor do que o dos outros. Isso me deixa tão feliz. Happy!!!

            Fico imaginando, como sempre, em meus pensamentos o que poderia ter acontecido se eu tivesse tirado uma nota ruim. Uma possibilidade um tanto improvável, mas possível. Imaginei uma máquina do tempo, que me levaria a um futuro próximo, mas teórico.

            Imaginei trinta anos no futuro, cheguei um lugar não muito diferente do agora, um lugar que a única diferença aparente era o reinado de prédios, a qualquer lado que olhava prédio, apartamentos e arranha céus. Não era de se esperar diferente. Cheio de letreiros luminosos e telas enormes no topo dos prédios, tudo era sério, as pessoas eram sérias passando como zumbis depois de um apocalipse zumbi, sem objetivo, com suas pastas cinzentas e celulares na mão. A única fonte de cor era um canto de rua, onde se via um cantor de rua. Com um chapéu em sal frente, um sorriso no rosto, e uma roupa tão colorida que dava até medo de olhar, aparentava ter uns quinze anos, com um penteado desarrumado, e com uma mascara sobre os olhos, no rosto sorridente.

            Ele cantava uma música um tanto interessante, era a parodia de uma música de um filme da universal, que era... Que era... Que porcaria... Odeio quando esqueço as coisas, há lembrei era da Monster High. Era assim a paródia:

Eu to aqui
Dá licença o grande m.c
Na verdade tem um só
E sou eu

Pelo partido eu não julgo
Mas o meu destino aqui é ser coroado
Mais respeito, por favor,
Vê se cuida do que faz

To chegando agora sem medo de comandar
Eu levo nas rimas o que sobrou pra mim
O povo é a minha viva eu vivo assim

Quero ouvir vocês, yeah
Posso ouvir vocês, yeah
Não é em sonho essa vida existe sim
É muito perfeita parece feita pra mim yeah

Nessa cidade a luta é grande pra se vencer
Tem que agir não dá pra desistir nem
Se encostar
Tenho tanto expectativa
Pra fazer acontecer oh yeah
Eu vou correr atrás dar meu melhor

É tudo que eu sempre quis
E eu vou ser feliz
Pois eu estou aqui em fim

Existe mais lugares que têm muitas belezas
Mas esse é o meu mundo que é cheio de certeza
Vou dar o meu melhor sim meu sangue e o meu suor
Faça um show e vejamos o que todos vão dizer


Por tantas vezes que disseram não...

            A música foi interrompida por uma mulher (com mais ou menos a mesma idade do garoto) que passava pela rua, com um vestido de ceda azul, parecendo alguém que acabou se sair de um piquenique, ela parece que entrou no ritmo e começou a cantar também:

Sou Marien, prazer vou cantar pra você
Não sei se podem me ver,

Mas mesmo assim vou competir.
Minha musica me faz dançar com alegria
E eu me curto, e também sou demais

Você quase venceu, mas
Agora eu quero gritar pra geral, comigo bem aqui
Fala eu quero ouvir, vão passar mal se eu partir
Estou sozinha, mas agora vou dominar o mundo

É pra onde eu quero ir
Não dá mais pra fugir
Eu estou aqui

É tudo que eu sempre quis yeah
E eu vou ser feliz...

            Isso já estava ficando ridículo, e então interrompi a música:

            - O que vocês pensam que estão fazendo?

            - Cantando. – falaram em couro.

            - Ta isso eu entendi, mas por quê?

            - Eu e ela estamos concorrendo, para sermos presidentes , a favor da liberdade, contra o atual presidente. – disse o garoto.

            - Ta isso eu entendi, mas por quê?

            - Você não poderia saber, é muito nova para saber alguma coisa sobre isso. – disse Marien.

            - Ta isso eu entendi, mas por quê?

            - Há muito tempo atrás, nossa presidenta Letícia governava como se o aqui fosse sua tela, o mundo era cheio de cor e de vida, mas certo dia, um grupo se organizou e tomou a decisão de investigar querendo saber mais sobre aquela por quem eram comandados, descobriram que ela tirou uma nota abaixo da média no sétimo ano, os professores erraram sua média naquele ano, e com essa mínima diferença, deveria fazer com que ela fosse reprovada, ela não passou do sétimo ano, foi reprovada, e sem se formar nos estudos não tinha o direito de governar. Ouve vários protestos, mas a justiça já tinha se decidido, e um novo presidente entrou, Malequife...

            - Por que todo o cara mal tem que começar com M. – interrompi.

            - Posso continuar... Ele tornou a vida monótona e totalmente sem vida.

            - Mas como pensam em fazer a divulgação de um posto tão alto no meio da rua?

            - Isso estava sendo transmitido ao vivo por todo Brasil. – disse Marien.

            - Bom eu estava indo bem, até você me interromper e estragar a minha campanha política. – disse o garoto

            - Eu não teria cantado se você não atrapalhasse meu caminho.

            - Já chega! – gritei.

            Voltei ao meu mundo, e decidi que iria estudar mais.

 

 

segunda-feira, 14 de março de 2016


14/3


   Eu ainda sou pequena?

          Se avaliarmos isso no ponto de vista de minha idade, sim sou grande, no ponto de vista de um adulto, é sou média, no ponto de vista de Hisvetlanah, eu sou enorme.

          Então o que nós somos? É a grande questão, que vários cientistas tentaram resolver com o passar dos séculos a RESPOSTA ainda não está clara, mas eu acho que a encontrei.

         Na aula de português, é onde eu respondia a esse enigma misterioso, a resposta dos seus, eu nem havia, percebido que ela sempre esteve ali, só que não conseguimos enxerga-lá, literalmente.

         A aula tinha começado, a professora chegou, com um sorriso na sala, com cara de quem não viu um resultado bom na PT, ainda bem que não era hoje que iriamos recebe-lá. Essa informação fica para o registro de amanhã.

       Eu estou enrolando demais, começamos com a leitura dos registros diários. Após a leitura começamos o nosso conteúdo, VERBOS IRREGULARES. Que são aqueles que sua conjugação muda, diferentemente da maioria dos verbos, como os verbos ir, e ser, exemplo: verbo ir: Eu vou, Tu vais, Ele vai, Nós vamos, Vós ides, Eles Vão. A uma flexão enorme monstro aqui!!!!!!!!!!!

        Quando inventaram nossa língua, por que não fizeram algo mais fácil só pra variar?

        Ficar estudando conjugações não é comigo, e eu acho que não é pra ninguém.

        Fiquei pensando o tempo que a professora ficou estudando para conseguir se formar, deve ter demorado uma eternidade vezes dez. Isso não é o MEU futuro, eu não tenho a mínima da máxima paciência com absolutamente nada. Olha eu enrolando de novo. A professora falou para nós o verbo SER, e nós tínhamos que conjugar no presente do indicativo:

        - Eu... - falou a professora.

        - Sou! - respondeu a classe em couro.

        - Tu...

        - És!

        - Ele...

        - É!

        - Nós...

        - Somos!

        - Vós...

        - Sois.

        - Eles...

        PAUSA, foi ai que eu cometi um erro mais que terrível, em quanto todos da classe falavam como resposta: São. Eu cometi o grave erro de falar É.

        Todos começaram a me menos presar, dizendo:

        - Você não sabe de nada!

        - Você não presta!

        - Vê se fica quieta, e deixa agente estudar!

        A professora não havia percebido, e assim uma lagrima escorreu em meu rosto, comecei a encolher, literalmente, a encolher e encolher. Eu acho que me senti tão mau que não consegui mais ter uma razão para existir.

        FATO: Eu estava encolhendo.

        FATO: Eu continuava encolhendo.

        FATO: Será que isso era possível?!

        FATO: Alguns cientistas, acreditam que exista vários micro universos dentro de uma única célula, e parece que foi isso que havia acontecido, eu havia voltado pra escola. Mas por que para escola? Eu já não estudei bastante por hoje, não é?

        - Está feliz universo? - gritei - Estou na escola!

        Mesmo me derretendo em lágrimas, por algum motivo estava de pé, na calçada, na frente daquele enorme colégio. O sinal tocou, mas não parecia haver nenhum sinal de vida lá dentro. O céu estava nublado. Crianças, adolescentes e adulto começaram a chegar, sem expressão alguma no rosto, só um sorriso forçada, um lápis, um caderno e uma caneta na mão. Sem trazer mais nada, sem barulho, sem discussão. Pareciam até espíritos vazios sem vida. Uma menina me empurrou até a parede, e sem tirar o sorriso do rosto, falou entre os dentes:

        - Quem é você?

        Pausa, e foi ai que me deparei primeiramente com essa questão, mas o que eu iria descobrir, nem eu sabia quem eu era. Meu rosto ardia por culapa das lágrimas, ´só por causa daquele maldito erro de português, parece bobagem, mas tente se colocar em meu lugar, nem venha com esse papo de: Eu faria diferente. Que isso não dá certo.

        - Eu sou... Eu...

        - Falamos lá dentro. - interrompeu.

        Entramos no colégio, fomos até uma sala, eu acho que é a sala da Monica, no país miniatura. Ela me empurrou para dentro, e repetiu a pergunta, mas dessa vez, falando como uma pessoa normal:

        - Quem é você?

        - Letícia.

        - Estranho, nunca te vi por aqui.

        - Eu sou nova.

         - Nunca a ninguém novo na escola do Sorriso.

        - Sorriso? - perguntei, por algum motivo ainda não parava de chorar.

        - Sim sorriso

        - Nome meio estranho, não acha.

        - Eu não tenho que saber nada, só quero saber pra quem você trabalha.

        - Pra quem eu trabalho? - isso me deu um susto tão grande que minhas lágrimas cessaram.

        - Sim, pra quem você trabalha.

        - Eu sou criança, não trabalho.

        - Ela está limpa, processo de purificação, 00497, ativar.

        O chão se abriu sobre meus pés, logo estava em uma sala coberta por teclados e computadores, parecendo uma máquina Aliem. Logo a garota estava ao meu lado, com um tipo de roupa ninja, preta, parecendo aqueles filmes da resistência.

        - Faço parte de resistência.

        - Eu sabia! - exclamei. - Mas resistência sobre o que?

        - Contra o sorriso.

        - Sorriso?

        - Sim, sorriso.

        - Eu intendi, mas sorriso?

        - Eu sou Hisvetlanah, faço parte de uma resistência que tem como objetivo libertar as pessoas, contra o sorriso...

        Eu abri a boca pra falar.

        - ...

        - Não interrompa, eu estou explicando ainda, sorriso é uma organização que controla tudo e a todos, e força que todos vivam felizes pelo resto da vida. E blá - blá - blá. Papo furado papo furado, o sorriso é muito forte. Não deixa as pessoas viverem a vida, se divertirem, tudo aqui é programado. Ele seqüestrou o Akumanos, um pássaro sagrado que se erguia ao amanhecer, trazendo o Sol a todos, o nosso criador. - vi só pela sua expressão, que ela teve uma perda trágica. - Eu... - seu rosto se encheu de lágrimas. - Varias de minhas companheiras... Bom... Não voltaram mais, tentando detê-lo, agora só restou a mim.

        - UOU.

        - Você quer se juntar a mim para minha última batalha? Eu já não sirvo pra nada, não tenho mais razão para viver.

        - Eu topo.

        - Perfeito. Protocolo 951753, nave 852741 iniciação.

        - Eu posso ganhar uma roupa igual a sua. Por favorzinho?! - fiz aquele olhar de cachorro pidão.

        - Não.

        Entramos em uma nave pequena, só dava pra sentar, nem espreguiçar eu conseguia, coloque os cinto e partimos, uma rampa se abriu na parede. Partimos a nossa aventura. Pousamos em um prédio alto, chegando lá achamos varias pessoas com aquelas roupas ninja, que eu não tinha! :( , ó tristeza. Essas pessoas estavam em cativeiro, em um tipo de gaiola de vidro, abraçando um pássaro de três metros com penas dourada.

        - São...

        - Sim são eles.

        Tentou abrir a parede, batendo inutilmente seu punho no vidro. Alguém chegou, melhor alguma coisa chegou. Um computador com, dois pontinhos e um traço no meio, parecia um rosto. O computador tinha mãos e pés. E estava vindo em nossa direção!

        - Se quer tanto se juntar a suas amigas então vá! - falou aquela maquina sinistra. A parede por um instante se desmaterializou, e Hisvetlanah foi puxada pra dentro. Só eu estava lá, sozinha, e aquela questão voltou a minha cabeça: Quem sou eu? Eu fiz uma coisa inesperada, corri para trás do computador e puxei os fios. Pronto problema resolvido. Eu esperei alguma reação, mas não aconteceu nada, espera, eu ganhei, EBÁ!

        - Por que vocês não pensaram nisso antes?

        - Disso eu não sei, somos umas burras mesmo, você derrotou o sorriso sem nem fazer esforço. - disse Hisvetlanah.

        - Esse era o sorriso?

        - Sim.

        Descemos do prédio, nas costas do Akumanos, ou seja lá o que for. Ele foi até o céu e mostrou suas gloriosas assas que limparam o céu das nuvens. Eu comecei a crescer, cada vez mais, e logo estava na minha dimensão novamente, o sinal tinha acabado de tocar, e assim respondi aquela pergunta: Quem sou eu?

Resposta: Eu sou EU!

 

domingo, 13 de março de 2016

Registro diário,


Bom dia, pessoas abençoadas por estarem lendo isso, alguns dias da semana irei publicar algumas de minhas histórias que tenho que inventar diariamente, para a aula de português, se der certo publico mais, os registros diários são os resumos, do que aconteceu na aula de português, com uma pitada de ficção espero que gostem:



11/3

O dia começou com qualquer outro, o céu estava azul os passarinhos cantavam, ou melhor, tentavam cantar, no meio de uma cidade cheia de barulho e poluição, fico aqui pensando no futuro, quando abrirei a maior indústria e a mais evoluída Leticia's, que vai agir por causa da poluição futurística vai ser tanta que a camada atmosférica terrestre vai cada vez tendo mais furos, e como poucos sabem o brilho da Lua resulta do reflexo dos rios solares na Terra, por isso vou inventar um protetor contra raios lunares, e também sobre a poluição que vai crescer tanto nesses próximos quinze anos, que vai reagir de uma forma tão negativa no ar que o ar não vai parecer mais ar, vai parecer uma camada grossa de ar quase irrespirável, que vamos precisar também de meus mais nova linha de condicionadores de sobrancelha.

            Suas cabeças devem estar pensando o que isso tem haver com aula de português? Muito simples tudo começou na aula de português, na sexta-feira, todos estavam aparentemente calmos, eu disse aparentemente, por dentro eu sei que estavam em um nível surpreendentemente absurdamente tenso, a prova seria no dia seguinte, acordar cedo, dormir cedo como todos os dias pelo resto de nossas vidas até a faculdade, não parecia um dia especial, mas foi ai que eu me enganei.

             A professora chegou à sala, com um olhar meio cansado, ele não expressou isso na hora, mais deu para perceber só no jeito que ela entrou na sala, tudo porque teria de corrigir muitas e muitas provas, imagina só de fazer uma já morro de exaustão, fazer todas as provas de uma classe daria mais ou menos 32, de cinco turmas 160, eu demoraria toda a eternidade para fazer isso, coitadinha da Fernanda.

            Ela entrou, lemos os registros diários respondemos algumas dúvidas da PT (PROVA TRIMESTRAL), E íamos começar a corrigir o exercício sobre verbos, abri o caderno e me deparei com um pequeno papel, que nem precisava me esforçar para saber que aquilo não era meu. Eu o abri com delicadeza, poderia ser qualquer coisa, eu sou aquela pessoa que tenta ver todas as possibilidades possíveis para uma mesma questão, eu poderia libertar uma ira egípcia de mais de um bilhão de anos ( eu sei que os egípcios só existem, pelo que me lembro bem a uns cinco mil anos, mas quem sabe? ), não era nada disso, pensei, eu estava viajando na salada de maionese. Decidi abri-lo de uma vez, estava escrito em uma letra quase indescritível de uma forma tão mal feita, que deve ser mais difícil do que decifrar profecias antigas, comecei a ler:

 

Você precisa me ajudar

Você precisa me salvar

 

O mundo vai ser dominado

Se não tudo estará acabado

 

Com sua ajuda posso me libertar

Assim o meu destino assinar

 

Pelas mãos do inimigo

Minha vida está em perigo

 

Você deve me encontrar

Nem no cêu, nem no mar

 

Nem na terra, nem no ar

Mas posso lhe garantir que é algum lugar

 

Para me encontrar

É só seguir o vento, sem parar

 

 

Pode até voar

Só basta imaginar

 

A minha vida está em jogo

 

Assinado:

Seu amigo esquecido

 

          Quando terminei pensei, deve ser pegadinha, quem será que escreveu? Perguntas que nunca serão respondidas, olhei para os lados tentando identificar algum suspeito, mas ninguém parecia estar envolvido. Recostei minha cabeça na parede. Ouvi uma voz em minha cabeça, onde alguém sussurrou: velha até aqui, venha até mim. Percebi que não era coisa da minha cabeça, alguém estava lá fora da classe falando, que com esforço pude ouvir com o ouvido na parede.

           Pedi para me retirar, com a mesma e velha desculpa de sempre, posso ir ao banheiro? Consegui sair, olhei em volta, e lá tinha uma menina, que aparentava ter um pouco mais idade que eu, um ou dois anos mais velha, sua pele era mais clara que a luz do Sol, mas não uma luz ofuscante, mais uma luz boa, de esperança e revelação, quando me viu deu um sorriso e foi correndo até mim, dizendo:

           - A quanto tempo!

           - Desculpe perguntar, mas quem é você? - perguntei.

           - Eu não deveria ter esperança de que você se lembrasse de mim, depois de todos esses séculos... - murmurou -... Mas isso não importa agora, pois você está viva.

           Eu fiz uma cara de ponto de interrogação.

           - Onde estava eu com a cabeça deixa eu me apresentar Alya, guardião real da trigésima sexta corte dos três guardiões.

           Continuei com minha cara de ponto de interrogação.

           - Os guardiões são três espíritos destinados a promover a harmonia e a paz entre tudo e todos. A cada cem mil anos disquisterianos, três novos guerreiros são escolhidos, nós fazemos parte da trigésima sexta geração de guerreiros.

           - Mas não eram três guerreiros? - perguntei, fingindo acreditar naquela loucura.

           - Sim o último é o Adrien, ele foi seqüestrado pelo lado negro as forças do nosso maior inimigo Mal.

           - Quem comanda as forças do mal?

           - Eu acabei de falar, o comandante Mal  é nosso pior inimigo.

           - Saquei. Mas me esclareça uma coisa o que eu tenho haver com isso tudo?

           - A alguns milênios atrás, novos guardiões foram escolhidos, os três melhores amigos eu, o Adrien e você Olímpia...

          - Já me chamaram de Sophia e até de Helena, mas nunca de Olímpia, você por acaso está me confundindo com alguém? - Interrompi.

          - Deixe-me continuar a história, por favor.

          - Deixo. - respondi.

          - Os três melhores amigos da face de Pangeia...

          - Pangeia? - interrompi de novo. - Desculpo-me.

          - Voltando, Pangeia era um planeta lindo e cheio de vida. A sua fonte de poder era o próprio povo, só tinha um problema se o equilíbrio se desarmonizasse isso causaria uma explosão tão forte que destruiria todo o universo. E a cerimônia de escolha de um novo guardião finalmente chegou, todos estavam animados, para que sejam eles os escolhidos, mas como disse anteriormente fomos nós os escolhidos, os mais famosos mundialmente, por destruição de propriedade e incêndio de civilizações inteiras, nós éramos um tanto atrapalhados, nós não aprontávamos, apenas uma pequena quantia de má sorte, como dizem aqui na Terra. Aprendemos a controlar a magia e a nos conectar com o universo, para que a harmonia prevaleça, e assim prosseguiu por mais de umas centenas de anos, isso é um tanto traumatizante, todos de nosso planeta tem até uma expectativa de vida menor do que a dos habitantes da Terra, ver toda a nossa família morrerem diante de nossos olhos e muito tristes... Depois de inúmeras aventuras, chegou à hora de uma parte decisiva, onde você sacrificou sua vida em troca da salvação da minha e da Adrien, suas ultimas palavras foram: Eu vou voltar. Eu esperei por muito tempo até poder revela novamente, mas isso seria apenas daqui a alguns anos... Em uma das aventuras minhas e do Adrien, ele acabou se perdendo, e só tem como pista esse bilhete que eu te enviei e a seguinte frase: “para me encontrar, vocês precisam achar o sangue dos gigantes, e perguntá-lo onde estou”. - terminou a frase como se fosse à coisa mais difícil do mundo. E em seguida respondi com entusiasmos:

          - Mas está muito simples, qual é a dificuldade?

          - Você já descobriu? - exclamou Alya.

          - Muito simples, segundo a religião greco-romana, após a batalha dos deuses com os gigantes, eles usaram os corpos dos gigantes, após a vitória dos deuses, lógico, para que moldassem todo um planeta, com seus cabelos fizeram as folhas das árvores, com seu sangue fizeram os oceanos, rios e lagos e etc... Então é só irmos até um bebedor e perguntar por ele. - respondi, eu acho que foi meio óbvio.

          - Sabia que você não ia me decepcionar.

          - Alguma vez, você já duvidou de mim? - perguntei.

          - Muitas vezes. Onde podemos achar esse tal de bebedor?

          - Logo em frente. Vamos não temos tempo a perder.

          Corremos até o bebedor e eu perguntei, "me mostre onde se localiza Adrien". E a água logo nós mostrou o reflexo dele esboçado dentro de um enorme machado.

          - Este é o machado do Mal. - falou.

          - Que droga, eu nunca sei se você se refere ao substantivo simples, primitivo, comum, abstrato, ou se refere ao substantivo simples, primitivo, próprio, concreto.

          - O que isso significa? - perguntou.

          - Isso significa que eu estudei português demais ontem. Voltando onde podemos achar esse tal de Mal?

          - Bem atrás de vocês.

           Um sujeito apareceu atrás de nós, e começou a atirar raios, que depois de alguns erros pude perceber que transformavam as coisas em pedra. E assim fiz a coisa mais obvia do mundo peguei um espelho que estava na minha bolsa e o coloquei no caminho dos raios e atirou no nele, Mal provou de seu próprio veneno. E disse vitoriosa:

           - Posso te dizer uma coisa Mal. O Mal é só a inação das pessoas boas. – falei.

           - Essa é a Olímpia que eu conheço. - exclamou.

          Pelo que parece eu apenas estava dormindo de olhos abertos em direção a tela da lousa sem mais nem menos. Mas eu não sabia que isso era apenas o começo de uma aventura, só depois de alguns anos pude me reencontrar e refazer as amizades com os meus velhos amigos.